No meu tempo de menino
Eu não passei vida boa
Não frequentava a escola
Só porque andava à toa
E pra não perder meu tempo
Eu ficava na esquina
No jogo de cara e coroa
Cara e coroa, cara e coroa
Cara e coroa, cara e coroa
Naquele tempo existia
Dez réis, vintém, um tostão
Eu soltava papagaio
E jogava o meu pião
No domingo de manhã
Lá no sítio da Mangueira
Eu caçava passarinho
Armado de baleeira
Baleeira, baleeira
Baleeira, atiradeira
Eu que fui menino pobre
E me criei na estrada
Carreguei frete na feira
Joguei leve na calçada
Levei bilhete
Do rapaz pra namorada
Só não fui guia de cego
Ai, ai, oi, oi
Mas fui craque na pelada
Na pelada, na pelada
Na pelada, na pelada
Na pelada, na pelada
Na pelada, na pelada
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